Em uma ilha veio ao mundo o grande pai a que todos os médicos prestam juramento no dia de suas formaturas: Hipócrates. O mar da época era grego. E mesmo distante - em tempo e em espaço-, a escola hipocrática consolidou a medicina como ciência, lembrando-nos sempre das responsabilidades éticas e morais relacionadas a essa nobre profissão. A inspiração de repensar o modo de exercer medicina recai também nesses ideais há muito tempo apresentados. Por isso, as inseguranças e dúvidas quanto ao futuro podem ser em muito resolvidas com a lógica hipocrática.  Milênios depois, então, realizar um evento em uma ilha, dessa vez brasileira, para repensar os caminhos tecnológicos e humanos da medicina é não apenas uma analogia ao início da mesma, mas também um convite à criatividade de buscar novas respostas para novas e antigas perguntas.
 Em meio aos avanços tecnológicos relacionados à conduta diagnóstica, protocolo terapêutico e todo o processo saúde-doença, as questões morais e éticas aparecem sem apresentação prévia.
 O futuro já se faz presente, estejamos nós preparados ou não. Inteligência artificial, interface cérebro-máquina, ultrassonografia em local de atendimento, global health, scanner com sensores que permitem realização de exames físicos minuciosos, telemedicina, laudos e diagnósticos à distância, medicina baseada em evidências, sustentabilidade numa era de excessos e as escolhas modernas… Devido a esses e outros tantos dilemas, o III COBHAM se inspira a convidar acadêmicos e profissionais não só da área da saúde a também discutirem e trabalharem em prol de inovação e humanização começando hoje.
 Muito tem se discutido sobre ferramentas diagnósticas e terapêuticas, que se transformaram no decorrer do tempo em medicina. Hoje, pergunta-se quem é o médico da quarta revolução industrial, e como este pode se adaptar melhor aos desafios do futuro.